segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Relato de experiência: Daiany Gomes Mesquita de Miranda, Cecília Ribeiro Miliorelli, Maria Fernanda de Souza Granja

A viagem técnica ao Mosteiro Zen Budista ocorreu no dia 18/09 com o intuito de nos aproximar da cultura oriental. Logo na entrada uma frase nos dava uma prévia do que encontraríamos: “Estudar Budismo, é estudar a si próprio. Estudar a si próprio, e esquecer de si próprio. Esquecer de si próprio, é estar uno com todas as coisas”- Dógen, séc.XIII . Logo, nos foi apresentado que na cultura budista , todo tipo de vida e seres inanimados só se diferem pela sua forma de expressão no Mundo, ou seja , sua forma física , portanto, nos é ensinado que a felicidade é conquistada quando conseguimos desenvolver um sentimento genuíno, o amor pelos outros e por tudo que nos cerca, esquecendo então o “eu” e nos dedicando a pensar nos outros, contudo não devemos desprezar-nos a si mesmos nem nos julgarmos inferiores, mas sim adquirirmos autoconfiança na capacidade de nos relacionarmos e socorrermos os que nos cercam.
O mosteiro foi fundado por um homem comum, estudante de medicina que pouco antes de começar a exercer a profissão decidiu abrir mão de tudo e se dedicar às práticas budistas, com as quais tivera contato algum tempo antes em uma viagem ao Japão. Após procurar um lugar ideal para montar o mosteiro, ele acabou optando por instalá-lo em uma região de montanhas isoladas em Ibiraçu. Este local estava no período isolado e abandonado, era uma imensa área de pastagem que com o passar dos anos vem sendo recuperado, hoje, o mosteiro possui grande área de matas e é referência na proteção da Mata Atlântica.
Quando entramos no local nos deparamos com um ambiente extremamente organizado, limpo, calmo, tranquilo, nos sentimos como se o tempo estivesse passando mais devagar, quase parando. Ainda na entrada nos surpreendemos com um grande sino e uma escultura de um Buda recém-chegado ao mosteiro devido às comemorações dos quarenta anos do mesmo. Ambos foram feitos por uma família tradicional no Japão, sendo o sino trabalhado em uma rocha vulcânica.



As construções são aparentemente fiéis as da cultura oriental, sendo que o cemitério presente nos entornos impressiona com suas lápides e um memorial a Augusto Ruschi.
Tivemos um momento onde ouvimos um pouco da história do mosteiro e recebemos informações a respeito da cultura oriental, da preocupação deles com o meio em que vivem, do respeito para com o próximo  e dos significados que permeiam as atitudes  que eles tomam para um exercício de meditação. Durante esse exercício tínhamos que deixar os pensamentos fluírem sem nos apegar a eles, porém, tivemos um pouco de dificuldade, pois algumas pessoas não conseguiram se concentrar e seus risos e ruídos acabavam atrapalhando também o nosso momento.

Depois disso, almoçamos e retornamos para a escola e à nossa rotina, com a sensação de que desacelerar e observar o Mundo a nossa volta, às vezes, pode ser muito construtivo e prazeroso.

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